RÁDIO MENSAGEIRA DA PAZ

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

20 DE JANEIRO - APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS A ALPHONSE RATISBONE - A GRANDIOSA CONVERSÃO DO ATEU E JUDEU










Afonso Ratisbonne era um jovem judeu, de uma família de banqueiros estabelecidos em Estrasburgo, com grande projeção social pelas riquezas e pelo parentesco com os famosos Rothschild.
O irmão mais velho de Afonso, Teodoro, em 1827 converteu-se ao catolicismo e ordenou-se sacerdote, rompendo, em conseqüência, com a família. As esperanças desta se concentraram então no jovem Afonso, nascido em 1814.
Este, inteligente e bem educado, já havia concluído o curso de Direito e estava noivo de uma jovem judia. Tinha 27 anos e, antes de casar, quis fazer uma viagem de férias pela Itália e pelo Oriente. Quando retornasse, casaria e assumiria seu posto na próspera empresa bancária da família.
A ação da graça...
Deus, porém, o esperava na Itália, mais precisamente em Roma.
Afonso era judeu de religião, embora não praticante. Nutria pela Igreja Católica entranhado ódio, sobretudo pelo ressentimento que toda sua família conservava pela conversão do primogênito. Afonso dizia que não pretendia mudar de religião, mas que se um dia viesse a mudar, far-se-ia protestante, jamais católico.
Na Cidade Eterna, Ratisbonne esteve algum tempo como turista, visitando obras de arte; visitou também, por mera curiosidade cultural, algumas igrejas católicas, o que ainda mais o consolidou no seu anticatolicismo.
Visitou ainda um antigo colega seu, de nome Gustavo de Bussières, com o qual mantinha estreita amizade. Gustavo era protestante, e diversas vezes tentara, em vão, convencer Afonso de suas convicções religiosas. Na casa de Gustavo, Afonso foi apresentado ao irmão deste, Barão Teodoro de Bussières, que havia pouco tempo se convertera ao catolicismo, e que era amigo íntimo do Padre Teodoro Ratisbonne. Essas duas circunstâncias o tornavam extremamente antipático aos olhos de Afonso.

"Ela não me disse nada, mas eu compreendi tudo"

... por meio de uma milagrosa medalha
Só na véspera de sua partida, este se resolveu a cumprir um dever social que lhe era penoso: foi deixar um cartão de visitas na casa do Barão, como despedida.
Desejando evitar um encontro, Afonso pretendia deixar discretamente o cartão e partir sem mais. O criado italiano do Barão, porém, não entendeu seu francês e o fez entrar no salão, indo chamar o dono da casa.
Este foi cumprimentar o jovem judeu, e logo com ele estabeleceu relações cordiais, procurando atraí-lo para a Fé católica. Conseguiu, não sem insistência, que Afonso adiasse sua partida de Roma para poder assistir a uma cerimônia na Basílica de São Pedro. Conseguiu também, por meio de uma insistência que dir-se-ia indiscreta, se não fosse notoriamente inspirada pela graça, que Ratisbonne aceitasse uma Medalha Milagrosa e prometesse copiar uma oração muito bonita a Nossa Senhora: o Lembrai-Vos.
O judeu não cabia em si de raiva, pelo atrevimento do Barão em lhe fazer essas propostas, mas resolveu tomar tudo com bonomia, esperando, como mais tarde declarou, escrever um livro com seu relato de viagem; nesse livro, o Barão seria um personagem excêntrico, e nada mais.
A 18 de janeiro, faleceu em Roma um amigo íntimo do Barão de Bussières, o Conde de La Ferronays, antigo embaixador da França junto à Santa Sé e homem de grande virtude e piedade. Na véspera de sua morte repentina, La Ferronays conversara com Bussières sobre Ratisbonne e rezara cem vezes a oração Lembrai-Vos, por sua conversão, a pedido de Bussières. É possível que tenha chegado a oferecer sua vida a Deus pela conversão do jovem banqueiro.

Em seu batismo, Afonso Ratisbonne recebeu o nome de Afonso Maria

Entrou na Igreja como judeu e saiu católico
No dia 20, por volta do meio-dia, o Barão de Bussières foi à Igreja de Sant'Andrea delle Fratte para tratar das solenes exéquias do falecido, que seriam realizadas no dia seguinte. Acompanhava-o Ratisbonne de mau humor, fazendo críticas violentas contra a Igreja e zombando das coisas católicas. Quando chegaram à igreja, o Barão pediu licença por alguns minutos e entrou na sacristia, para tratar do assunto que o levara até ali, e Afonso se pôs a percorrer uma das naves laterais, impedido que estava de passar para o outro lado da igreja, pelos preparativos em curso para as exéquias do Conde na nave central.
Quando, minutos depois, o Barão retornou em busca de Afonso, não o encontrou onde o havia deixado. Após muito procurar, foi dar com ele no outro lado da igreja, ajoelhado junto a um altar e soluçando. Ali já não estava um judeu, mas um convertido que ardentemente desejava o Batismo.
O que se passou nesses minutos, o próprio Ratisbonne narrou: "Eu estava havia pouco na igreja, quando, de repente, senti-me dominado por uma inquietação inexplicável. Levantei os olhos; todo o edifício havia desaparecido à minha vista; uma só capela tinha, por assim dizer, concentrado toda a luz, e no meio desse esplendor apareceu, de pé sobre o altar, grandiosa, brilhante, cheia de majestade e de doçura, a Virgem Maria, tal como está na minha Medalha; uma força irresistível atraiu-me para Ela. A Virgem fez-me sinal com a mão para que eu me ajoelhasse, e pareceu-me dizer: muito bem! Ela não me disse nada, mas eu compreendi tudo".
Ratisbonne não soube explicar como, estando antes da aparição numa das naves laterais da igreja, foi aparecer na outra, já que estava obstruída a passagem pela nave central. Mas, diante da magnitude do milagre de sua conversão, esse era apenas um pormenor.
A notícia da conversão inesperada, fulminante e completa, imediatamente se propagou, causando grande comoção em toda a Europa.
O Papa Gregório XVI quis conhecer o jovem convertido e recebeu-o paternalmente. Ordenou um inquérito minucioso, dentro do maior rigor exigido pelas normas canônicas. A conclusão foi que realmente se tratou de um autêntico milagre.
Batizado com o nome de Afonso Maria, Ratisbonne quis entrar na Companhia de Jesus, sendo ordenado sacerdote em 1847. Depois de algum tempo, por recomendação do Papa Pio IX, deixou a Companhia de Jesus e foi unir-se a seu irmão Teodoro, com ele fundando a Congregação dos Missionários de Nossa Senhora de Sion, dedicada à conversão dos judeus.
O Pe. Teodoro difundiu sua Congregação pela França e pela Inglaterra. O Pe. Afonso Maria foi para a Terra Santa, e comprou em Jerusalém um terreno em que outrora estivera o Pretório de Pilatos, ali estabelecendo uma casa da Congregação. Os dois irmãos faleceram no ano de 1884, ambos com fama de excepcionais virtudes.

FILME: APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS À SANTA CATARINA LABOURÉ- MEDALHA MILAGROSA -NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS- RUE-DU-BAC-PARIS - A CONVERSÃO DE AFONSO RATISBONE.


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20 DE JANEIRO - DIA DE SÃO SEBASTIÃO

 
- MEDITEMOS SUA MENSAGEM DADA NAS APARIÇÕES DE JACAREÍ SP BRASIL EM 11.09.2009 - COMUNICADA AO VIDENTE MARCOS TADEU TEIXEIRA

JACAREÍ, 11 DE SETEMBRO DE 2009
CAPELA DO SANTUÁRIO DAS APARIÇÕES DE JACAREÍ - SP - BRASIL


MENSAGEM DE SÃO SEBASTIÃO

"-Amados irmãos, Eu, SEBASTIÃO vos amo muito! Sou servo de Nosso Senhor JESUS CRISTO e da Mãe de DEUS e já bem sabeis que dei a Minha vida por amor a Nosso SENHOR e a Sua Mãe e à Santa Fé... O Amor... Não tem reservas para com o Ser Amado... A alma que ama completamente Nosso SENHOR e à Sua MÃE, não pode ter reserva alguma para com Eles. Se conserva para si algo, se conserva algum apego a algo deste mundo, se ama isso fora do SENHOR, tira de DEUS um pouco do amor que Lhe é devido, para colocá-lo numa criatura e isto fere o Amor do SENHOR; que deseja e deve ser amado por vós, com todas as forças de vossa alma, com todo o vosso coração, com todo o vosso entendimento, com todos o vosso ser... O Amor de DEUS por vós é tão grande... Ele deseja fazer em vós o Seu Céu, o Seu Paraíso, onde Ele pode enfim; pode descansar em vós, comprazer-se em vós, encontrar Sua delícias em vós! É nas vossas almas que Ele quer habitar, mas só poderá fazê-lo se vós vos entregardes completamente a Ele sem reservas, amando-O com todas as vossas forças! O Amor... busca amar a DEUS o mais que pode e não se contenta em dar a DEUS menos que tudo, não se contenta em fazer por DEUS menos que tudo... O Amor... só quer ser amado e correspondido! Este DEUS que vos amou primeiro, que vos amou antes que vós viésseis a amá-Lo, este DEUS que vos criou do nada, só pede o vosso amor total! Nosso Senhor JESUS CRISTO... que deu a Sua vida por vós, quando vós ainda estáveis no pecado, quando vós ainda éreis escravos do demônio pelo pecado... Este SENHOR que deu toda a Sua vida por vosso amor, não deseja nada mais de vós do que, todo o vosso amor. Vivestes até agora dando o vosso amor somente para as coisas criadas e é por isso que vossas almas viveram em trevas profundas, viveram sem o Amor Divino! Voltai agora mesmo, ao SENHOR, amai-O com todas as forças do vosso coração e vereis como as vossas almas, antes habitadas por inimigos terríveis e cruéis, serão habitadas pela Graça Divina, pelo amor da SANTÍSSIMA TRINDADE! Não vos deixeis mais enganar por vós mesmos, pelo vosso “eu” corrompido pelo demônio e pelo mundo! Vós destes todo o vosso amor a eles e as vossas almas definharam nas trevas. Daí agora todo o vosso amor ao SENHOR e vereis que vossas almas ressuscitarão para uma verdadeira vida em DEUS! Eu, SEBASTIÃO,vos amo, rezo sem cessar por vós, protejo a todos os que vem aqui, neste Lugar Sagrado para ouvir as Mensagens e aprender a amar a DEUS e a Sua MÃE e vou ajudar-vos a chegardes ao Perfeito Amor! A paz Marcos... Amo-te, abençôo-te Meu amigo predileto...”


MENSAGEM SANTA ROSÁLIA

“-Meus irmãos caríssimos... Eu, ROSALIA, amo-vos com todas as forças do Meu Coração! Rogo sem cessar por vós no Céu e peço incessantemente pela vossa salvação junto de JESUS e MARIA. O amor não sabe fugir, esconder-se, não sabe esquivar-se! Aqueles que dizem que amam a DEUS e à Sua MÃE; mas quando Eles aparecem na Terra para dar as Suas Mensagens: não Os escutam, não vão ao Seu encontro, não Os obedecem... Não dão tudo de si para agradá-Los, amá-Los, servi-Los e não perseveram neste amor... estes ainda não conheceram e não sabem o que é o ‘Verdadeiro Amor’... Aquele que diz que ama o SENHOR e s Sua MÃE; mas quando Eles vem na Terra revelando aos homens a Sua vontade e Eles não a cumprem, estes não conheceram o ‘Verdadeiro Amor’ e não tem o ‘Verdadeiro Amor’! Muitos pensam que amam o DEUS, mas no dia do seu julgamento se surpreenderão ao ver que nunca amaram o SENHOR verdadeiramente e que estiveram todo o tempo iludidos por si mesmos; porque não fizeram a vontade do SENHOR, preferiram antes fazer a sua própria vontade, porque amaram mais a si mesmos do que a DEUS e a Sua Mãe! O que ama a vontade do SENHOR, o que faz a vontade do SENHOR verdadeiramente; é aquele que guarda as Palavras do SENHOR; que cumpre os Seus Mandamentos, que faz a Sua vontade e que renuncia a sua para fazer a d’Ele! Buscai portanto, o ‘Amor Verdadeiro’!O SENHOR é propenso a perdoar as vossas misérias, a perdoar as vossas fraquezas; se enxergar em vós uma gota, um grão de areia que seja de ‘Amor Verdadeiro’ e vos dará a Graça da conversão, da salvação, da perfeição espiritual se vós tiverdes o ‘Verdadeiro Amor’... Quem ama verdadeiramente o SENHOR e a Sua Mãe, defende o que é d’Eles, protege o que é d’Eles, cuida do que é d’Eles, trabalha pelo que é d’Eles, luta pelo que é d’Eles até consumir todas as suas forças! O Amor não mede distância... demora... dificuldade... O Amor só sabe amar e nada mais... Pedi este Amor, porque se não o tiverdes não entrareis no Reino dos Céus! Porque o Céu é somente para aqueles que aprenderam a amar a DEUS sobre todas as coisas, isto é; mais do que a si mesmos, mais do que o mundo! Eu ROSALIA, pedirei por vós no Trono do SENHOR, incessantemente! Dirigi-vos a Mim nas vossas orações e Eu vos darei conforto sempre! A paz Marcos... Amo-te, amo Este Lugar com todas as Minhas forças... O defenderei com as Minhas Graças, com as Minhas Bênçãos, com as Minhas Orações! E te cobrirei também sempre de paz, benção, conforto e luz... A paz!...”


MENSAGEM DE MARIA SANTÍSSIMA MÃE DE DEUS

“-Meus filhos... Venho do Céu com os Meus Santos para ensinar-vos o ‘Verdadeiro Amor’! Ouvi Minhas palavras, escutai os conselhos que Vos dou, escutai estes conselhos que os Meus Santos vos deram e então; tereis um Tesouro! Se vós vos detiverdes a apreciar este Tesouro: sereis ricos da Graça de DEUS, ricos de Sabedoria, ricos de Luz Divina e de Amor Celestial, e tereis Meus filhos; ajuntado pára vós bela... bela pérola... belo tesouro espiritual! Continuai com todas as orações que Eu vos dei aqui. Propagai todas as Aparições e Mensagens que estais conhecendo, graças as Minhas Aparições aqui, Neste lugar. Continuai a ser Meus apóstolos.... Avante! Coragem! Eu espero muito de vós! Espero de vós uma grande santidade, um grande amor! Assumi o vosso papel de Meus servos, Meus instrumentos, Meus mensageiros; que devem levar a toda parte as Minhas Mensagens que dou aqui, as Minhas orações que dei aqui, a Verdade que vos dei a conhecer aqui... Levai a Minha Luz avante! Sem medo, com ânimo, certos de que Eu estou convosco e sempre vos acompanharei. JESUS, Meu Filho espera muito de vós, não O decepcioneis, não decepcioneis Meu CORAÇÃO. Eu vos amo muito!... Preparai-vos para o Aniversário das Minhas Aparições aqui. Rezai mais, vigiai e orai, estai atentos; pois o inimigo procura a todo o momento a oportunidade mais propícia para vos levar a ofenderdes o SENHOR, protegei-vos com oração e vigilância! Fazei meditação, fazei leitura espiritual, rezai; cuidai de vossas almas e Eu prometo que também cuidarei delas! A todos agora, vos abençôo...”





Nascido em Narbone, na Gália, recebeu Sebastião educação em Milão, terra natal de sua mãe. Cristão, nunca se envergonhou de sua religião. Vendo as tribulações sofridas pelas perseguições atrozes que sofriam, alistou-se nas legiões do imperador com a intenção de mitigar os sofrimentos destes cristãos, seus irmãos em Cristo. A figura imponente, bravura e prudência tanto agradaram ao imperador, que o nomeou comandante da guarda imperial. Nesta posição elevada tornou-se o grande benfeitor dos cristãos encarcerados. Tendo entrada franca em todas as prisões, ia visitar as pobres vítimas do rancor e ódio pagão, e com palavras e dádivas consolava e animava os candidatos ao martírio. Dois irmãos, Marco e Marceliano, não se acharam com coragem de afrontar os horrores da tortura e aconselhados pelos pais e parentes, resolveram-se a sacrificar aos deuses. Mal teve ciência disto, Sebastião procurou-os e com sua palavra cheia de fé, reanimou os desfalecidos e vacilantes, levando-os a perseverar na religião e antes sacrificar tudo que negar a fé. Profunda comoção apoderou-se de todos que assistiam a esta cena. Marco e Marceliano cobraram ânimo e prometeram a Sebastião fidelidade na fé até à morte. Uma das pessoas presentes era Zoé, esposa do funcionário imperial Nicostrato. Esta pobre mulher estava muda há seis anos. Impressionada pelo que presenciara, prostrou-se aos pés de Sebastião, procurando por sinais interpretar o que lhe desejava dizer. Sebastião fez o sinal da Cruz sobre ela e imediatamente Zoé recuperou o uso da língua. Ela e o marido converteram-se ao cristianismo. Este exemplo foi imitado pelos pais de Marco e Marceliano, pelo carcereiro Cláudio e mais 16 pessoas. Todos receberam o santo batismo das mãos do sacerdote policarpo, na casa de Nicostrato.
A conversão destas pessoas em circunstâncias tão extraordinárias, chamou a atenção do prefeito de Roma, Cromâncio. Sofrendo horrivelmente de Reumatismo e sabendo que o pai de Marco e Marceliano pelo Batismo tinha ficado curado do mesmo mal, manifestou o desejo de conhecer a religião cristã. Sebastião deu-lhe as instruções necessárias, batizou-o com seu filho Tibúrcio e curou-o da doença. Tão grato ficou Cromâncio, que pôs em liberdade os cristãos encarcerados seus escravos, e renunciou ao cargo de prefeito. Retirando-se da cidade para sua casa de campo, deu agasalho aos cristãos, acossados pela perseguição.
Esta recrudesceu de uma maneira assustadora. O Santo Papa Caio chegou a aconselhar os cristãos e o próprio São Sebastião para se retirar da cidade, mas São Sebastião preferiu ficar em Roma, mesmo que isso culminasse em seu martírio. Muito tempo não levou e Deocleciano soube, por uns cristãos apóstatas, que Sebastião era cristão e grandes serviços prestava aos encarcerados. Chamou-o à sua presença e repreendeu-o, tentando incansavelmente convencê-lo a abandonar a religião de Cristo. Todas as argumentações e tentativas de Dioclesiano esbarraram de encontro à vontade inflexível do militar. Sem mais delongas, deu ordem aos soldados que amarrassem o chefe a uma árvore e o asseteassem, tendo a ordem sido cumprida imediatamente. Os soldados despiram-no, ataram-no a uma árvore e atiraram-lhe setas em tanta quantidade quanto acharam necessárias para matar um homem e deixaram a vítima neste mísero estado, supondo-o morto.
Alta noite chegou-se Irene, mulher do mártir Castulo, ao lugar da execução para tirar o corpo de Sebastião e dar-lhe sepultura. Com grande admiração, encontrou-o com vida, levando-o para casa e tratando com todo o desvelo.
Restabelecido, o herói procurou o imperador e, sem pedir audiência, apresentou-se-lhe, acusando-o de grande injustiça, por condenar inocentes, como eram os cristãos, a sofrer e a morrer. Dioclesiano, a princípio, não sabia o que pensar e dizer, pois tinha por certo que Sebastião não existia mais entre os vivos. Perguntando-lhe quem era, disse-lhe: "Sou Sebastião, e o fato de eu estar vivo, devias concluir que é poderoso o Deus, a quem adoro, e que não fazes bem em perseguir-lhe os servos. Enfurecido, Dioclesiano ordenou aos soldados que o matassem com paus e bolas de chumbo na presença do povo. Os algozes cumpriram a ordem e , para subtrair o cadáver à veneração dos cristãos, atiraram-no à cloaca máxima. Uma piedosa mulher, Santa Luciana, porém, achou-o e tirou-o da imundície e sepultou-o aos pés de São Pedro e São Paulo, isto em 287. Posteriormente, em 680, as relíquias foram transportadas solenemente para uma Basílica, construída por Constantino. Naquela ocasião grassava uma peste em Roma, que vitimou muita gente. A terrível epidemia desapareceu na hora daquela transladação, e esta é a razão porque os cristãos veneram em São Sebastião o grande padroeiro contra a peste. Em outras ocasiões se verificou o mesmo fato; assim no ano de 1575 em Milão, e em 1599 em Lisboa, ficando estas duas cidades livres da peste pela intercessão do glorioso mártir São Sebastião.
Reflexões:
São Sebastião vivia no meio de pagãos. Soldados e oficiais do exército romano eram sua companhia quotidiana. Inabalável na fé, não se deixava influir pelas opiniões, sarcasmos, críticas e calúnias daqueles que não eram cristãos.
O mundo moderno tem sinais característicos do paganismo. Difícil é, para um católico, que pela posição social deve estar em contato contínuo com pagãos modernos, conservar-se firme na fé e nos bons costumes. Muitos transigem, não enfrentando força suficiente para sufocar as tentações, ou mesmo para enfrentar opiniões e ataques contra a religião. Preferem curvar-se, intimidados por convenções de cunho social ou de relações humanas. Peçamos a Deus que nos conceda a coragem e o caráter de São Sebastião para que, pela fé, tenhamos a graça de defendê-la com veemência, sem deixar qualquer rastro de vergonha ou respeito humano.

19 DE JANEIRO - DIA DE SANTO MÁRIO - SANTOS MÁRIO, MARTA, AUDÍFACE E ÁBACO, MÁRTIRES, +270

 
Santo Mário

A Igreja comemora hoje São Mário, Santa Marta, Santo Audifax e Santo Ábaco, que sairam da Pérsia e vieram em peregrinação até Roma, para rezar no túmulo dos mártires. Apesar de poucos documentos que comprovem a história desses santos, ainda hoje todo o mundo festeja a prova de fé dada por esta família. Há quem afirme que São Mário e Santa Marta eram casados, e Audifax e Ábaco, seus filhos. Não temos nada que possa comprovar historicamente.
Durante esta viagem São Mário ajudou várias famílias cristãs, dando sepultura digna aos seus entes queridos mortos pelas perseguições. Foram mais de 260 mártires, cujos corpos jaziam insepultos. Foram apanhados pelos soldados do imperador Cláudio II enquanto cumpriam este dever cristão. Presos, recusaram-se a oferecer sacrifícios aos deuses pagãos e não renunciaram à fé cristã. São Mário, Audifax e Ábaco foram martirizados e mortos na via Cornélia, e os corpos incinerados para que nenhum fiel pudesse recolher seus restos mortais e celebrar sua memória. Já Santa Marta foi condenada à morte por afogamento. Hoje, no local do ocorrido, ainda existem as ruínas de uma antiga igreja, construída para reverenciar os quatro Santos.

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Na metade do século terceiro, em 251, houve um novo reflorecer de toda a Igreja, do Oriente e do Ocidente, inclusive o papa Cornélio pôde presidir um sínodo de sessenta bispos. Entre 268 e 270, o imperador era Cláudio II, que não decretou oficialmente nenhuma perseguição ao cristianismo. Entretanto, na maioria dos antigos calendários litúrgicos foram fixados, ao longo desses dois anos, os martírios de Mário, Marta, Audifax, Ábaco e do sacerdote Valentim. Este último, morto porque continuava unindo os casais em matrimonio, contrariando o decreto do imperador.

Os cinco testemunhos foram narrados cerca de um século depois dos fatos, de maneira que se confundiram entre si e a presença do padre Valentim serviu para reforçar ainda mais esta antiga tradição. Ela conta que Mário, Marta, Audifax e Ábaco vieram em peregrinação da Pérsia até Roma, para venerar os túmulos dos apóstolos, Pedro e Paulo. Nos arredores da cidade acabaram ajudando um sacerdote, Valentim, a enterrar os corpos de duzentos e sessenta mártires, que jaziam decapitados e abandonados ao lado de uma estrada. Eles foram flagrados no cemitério, em Salária e presos.

A partir deste ponto a tradição passou a citar, Mário e Marta como um possível casal, qualificando Aldifax e Ábaco como seus filhos ou irmãos de Mário. A dúvida sobre se eram ou não um casal, vem do forte carisma do sacerdote Valentim, já existente neste século, cuja veneração se fortaleceu tanto alcançando o terceiro milênio e atingindo todos os recantos do mundo.

Todos morreram, mas não renegaram a fé e se recusaram a prestar culto ao imperador.
Os homens foram decapitados na Via Cornélia. Primeiro Mário, seguido por Aldifax e Ábaco, exceto o sacerdote Valentim, martirizado quase um mês depois. Marta, mesmo informando que ainda não havia recebido o batismo, também morreu, afogada num poço há treze milhas fora dos muros de Roma.

Mais tarde, uma cristã conseguiu levar seus corpos para um túmulo situado em seu terreno, na própria Via Cornélia. Nesse local, na propriedade de Boccea, surgiu uma igreja, cujas ruínas existem ainda hoje. Treze séculos depois, em 1590, os corpos foram descobertos e as relíquias guardadas em igrejas da Itália e Alemanha.

A grande difusão do nome Mário vem precisamente deste santo. No antigo idioma céltico ele é o sinônimo de macho, mas popularmente se diz que é considerado o masculino de Maria. Mais um motivo da devoção do primeiro dos mártires da via Cornélia ter mantido sua presença, de forma constante e tenaz, em todos os calendários litúrgicos da Igreja, até os nossos dias.

19 de janeiro Santo Canuto IV


 
Santo Canuto IV


São Canuto, o quarto deste nome entre os reis da Dinamarca, nasceu pelo meado do século onze. Menino ainda, revelou uma índole bem diferente da dos companheiros; tudo que era trivial e baixo, lhe desagradava.
Tanto mais era amigo da oração e em tudo se deixava guiar pelo temor de Deus. Quando a divina Providência lhe depositou nas mãos os destinos da nação, seu primeiro cuidado foi trabalhar pela cristianização do povo, como daqueles outros povos, que em guerras justas foram sujeitos ao seu cetro.
Casado com Elta, nobre princesa de Flandres, teve um filho, Carlos, que mereceu da Igreja a honra dos altares. Para os súditos foi Canuto um verdadeiro pai; seu regime era a caridade e a justiça. As leis eram severas, mas obedeciam aos ditames da justiça; era necessário um certo rigor, para exterminar rudes vícios e implantar sentimentos cristãos nos corações dos semibárbaros. Caridoso em extremo para com os órfãos, viúvas e necessitados, era inquebrantável quando malvados lhe provocavam a sentença de juiz. Sabendo que o melhor educador duma nação é o bom exemplo que vem de cima, considerou como primeiro dever seu servir de modelo aos súditos. Em casa lhe reinava o Espírito de Deus, e nada lá se percebia que não se coadunasse com os bons costumes e regras da vida cristã. Para consigo era de grande rigor. Por baixo das vestes régias trazia sempre cilício. Horas inteiras eram dedicadas à oração. Em compensação não ia atrás dos divertimentos, como fossem a caça, o jogo e outros. Terníssima devoção tinha à Mãe de Nosso Senhor. Em toda a parte do reinado se ergueram igrejas, conventos, escolas e hospitais, todos subvencionados pelo santo rei. “Para Deus o melhor”, costumava dizer. “O mais precioso convém ser aplicado ao adorno dos templos e não deve servir à vaidade ou à ambição dos poderosos do mundo”.
Infeliz nos empreendimentos bélicos contra a Inglaterra, Canuto introduziu o dízimo eclesiástico, medida que não teve o apoio da nação. O rigor com que foi extorquido o imposto, causou grande descontentamento, e em muitos lugares franca oposição. Houve casos em que o povo, exasperado, linchou os fiscais. O descontentamento degenerou em rebelião, que obrigou o rei a procurar abrigo em Odensee. Os inimigos, porém, perseguiram-no até à igreja, onde o assassinaram ao pé do altar. Canuto IV foi canonizado por Pascoal I.
São Canuto é padroeiro da Dinamarca.

Reflexões:
A vida deste santo Soberano revela-lhe o profundo respeito para com os sacerdotes e o empenho de incutir o mesmo respeito aos súditos. Os sacerdotes não são Anjos. São homens fracos, como os demais. Cristo entregou o governo da Igreja não a Anjos, mas a sacerdotes – a homens. Nada mais natural, coisa que não pode surpreender que sacerdotes errem e pequem. A história da Igreja de todos os países tem exemplos de grandes faltas e escândalos de sacerdotes, que na sua queda arrastam muitos outros à perdição.
Entre os próprios Apóstolos, havia um infiel e ladrão. Ário, Nestório, Pelágio, Lutero, Calvino, eram sacerdotes. É fato que se observa: um sacerdote, que declina do caminho do dever e da virtude, costuma ser pior que outros pecadores, que ofendem gravemente a Deus. Se um dia teus olhos ficarem ofendidos pela falta cometida por um sacerdote, se acontecer que o mau procedimento de um levita do Senhor te cause grave escândalo, não te deixes perturbar na fé e nas convicções religiosas. O pecado individual de um sacerdote não afeta o estado sacerdotal, e não degrada a dignidade deste mesmo estado. O caráter sacerdotal, não pode ser a causa do pecado; a queda é sempre devida à fraqueza ou à corrupção interior. O pecado, portanto, envergonha e desonra o indivíduo, não porém, o estado de que é representante. O Apostolado nada perdeu em dignidade e grandeza pela traição de Judas. O próprio Salvador disse: “É preciso que haja escândalos; ai ! do homem, porém, que der escândalo”. Longe, portanto, de vacilar na fé, quando souberes de semelhantes coisas, pede a Deus que dê a Igreja, dignos e santos sacerdotes, conserve na sua graça os bons, e reconduza ao bom caminho os maus. Bons sacerdotes são a benção do povo; maus sacerdotes são sua desgraça. Se é certo, que um bom sacerdote não entra sozinho no céu, certo é também, que o mau sacerdote não entra sozinho no inferno. Não há dúvida alguma que Deus atente às orações feitas no intuito de obter bons sacerdotes.
Estado nenhum há tão odiado e desprezado como o sacerdotal. Há pessoas, se bem que católicas, que não perdem a ocasião de dar demonstração da antipatia, do desprezo que votam ao estado sacerdotal e a seus representantes. Em muitos é um profundo preconceito que os faz proceder desta maneira. Generalizam a falta que observam, em um ou outro sacerdote, estendendo-a à classe toda. Não se convencem da injustiça que cometem, e da falta de lógica em que incorrem.
Há maus médicos. Maus advogados, maus engenheiros; no entanto ninguém inculpa a coletividade das respectivas classes, por causa de faltas de indivíduos indignos. Seria uma injustiça.
Não se deve aplicar a mesma medida ao estado mais venerável ? – Outros há que odeiam o sacerdote por causa do caráter sagrado. Este ódio não se dirige contra a pessoa do sacerdote, mas contra o estado que representa. É um ódio satânico, de que Nosso Senhor falou: “Se me odiaram a mim, que sou vosso Mestre, a vós odiarão”. É ódio a Cristo, à Igreja.
O bom católico respeita os sacerdotes, reconhecendo neles os mistérios de Jesus Cristo. Santo Antônio pedia a benção dos sacerdotes ajoelhando-se diante deles. Santa Catarina de Siena não beijava a mão do sacerdote, mas o lugar onde ele pisava o pé.
Santa Tereza dizia: “ Encontrando-me com um Anjo e um sacerdote, a minha primeira saudação é feita ao sacerdote, a segunda ao Anjo”.
São Canuto não consentiu que seus inimigos fossem perseguidos. A prática mais difícil da caridade é perdoar aos inimigos. Perdoar a quem nos ofendeu, é cumprir o mandamento de Cristo, que nos ordena não só amar os amigos, como também rezar pelos que nos perseguem, e abençoar os que nos caluniam. Jesus Cristo deu o exemplo mais belo de amor aos inimigos, quando, ao subir no altar da Cruz, dirigiu ao Pai eterno esta súplica comovedora: “Pai perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem”.
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