RÁDIO MENSAGEIRA DA PAZ

sábado, 6 de agosto de 2011

VIRGEM DO APOCALIPSE TRE FONTANE, ROMA (1947)



Virgem da Revelação ou do Apocalipse


"Sou aquela que está na Trindade Divina. Sou a Virgem do Apocalipse [ou da Revelação]. Tu me persegues. Mas agora, basta! Entra para o santo redil, a corte celeste na Terra. Obedece à autoridade do Papa. A promessa de Deus permanece inalterada".
—A Virgem do Apocalipse ao protestante Bruno Cornacchiola, em Tre Fontane, Roma, 1947.


Virgem do Apocalipse
A Virgem do Apocalipse
Uma legítima intervenção de Maria Santíssima tende a causar dois impactos: por um lado, desagrada as correntes progressistas católicas por abalar seus fundamentos modernistas e superecumênicos embasados no racionalismo e no cientificismo em detrimento da Fé.
Por outro lado, revigora o fervor das correntes tradicionais da Igreja, porque a Santíssima Virgem vem pessoalmente comprovar antigos dogmas milenarmente estabelecidos pelo Magistério e reforçar a integridade da natureza singular e salvífica das práticas e doutrinas católicas.
É o caso da intervenção da Virgem do Apocalipse (ou da Revelação), conforme a própria Mãe do Verbo designou essa Sua invocação em Tre Fontane, Roma, no ano de 1947, manifestando-Se ao protestante radical Bruno Cornacchiola, que nutria criminoso ódio para com a Igreja Católica e planejara assassinar o Papa.

Disse a Santíssima Virgem: “Eu retornarei a esse lugar para converter um homem que lutará contra a Igreja de Cristo, e desejará assassinar o Santo Padre"

Luigina Sinapi, a quem a Virgem prometera dez anos antes: “Eu retornarei a esse lugar para converter um homem que lutará contra a Igreja de Cristo, e desejará assassinar o Santo Padre"
Tre Fontane, o local da intervenção da Virgem do Apocalipse, por si só é um local tradicionalmente sagrado. Ali fora decapitado o apóstolo Paulo. Numa manhã de abril de 1937, portanto, dez anos antes da intervenção que converteria o fanático Bruno Cornacchiola, conforme narraremos a seguir, a Santíssima Virgem Maria apareceu em uma gruta a uma piedosa jovem católica chamada Luigina Sinapi, dizendo-lhe:
“Eu retornarei a esse lugar para converter um homem que lutará contra a Igreja de Cristo, e desejará assassinar o Santo Padre. Vai agora à Basílica de São Pedro e lá encontrarás uma religiosa que te fará conhecer o seu irmão, que é um cardeal. A ele deves levar a mensagem. Deverás dizer ao cardeal que logo mais ele será o novo papa”.
Atendendo à solicitação celestial, Luigina segue para S. Pedro, onde se encontra com a marquesa Pacelli e transmite-lhe a mensagem que é entregue a seu irmão Cardeal Eugenio Pacelli, na época, Secretário de Estado.
O cardeal Eugênio Pacelli, futuro papa Pio XII, após inteirar-se dos fatos, através de sua irmã, afirmou: “Se são flores, florirão...”
A profecia de Nossa Senhora cumpre-se. Pacelli torna-se então o Papa Pio XII, que recebe Luigina por diversas vezes. Mais tarde, esse Sumo Pontífice receberia das mãos de um arrependido ex-adventista o punhal destinado ao assassinato do sucessor de Pedro, onde se lia em letras entalhadas a sentença de sua própria morte.

"Morte ao Papa"

Bruno
Bruno Cornacchiola, luterano fanático que planejava matar o Papa
Bruno Cornacchiola nasceu em 1913 em Roma. Filho de pais desestruturados fugiu de casa aos 14 anos. Graças a uma mulher chamada Maria Farsetti, recebeu algum ensino religioso, fazendo então sua primeira comunhão. Após o serviço militar, na idade de 23 anos, casou-se com Iolanda Lo Gatto. Para ganhar algum dinheiro decidiu lutar nas tropas nacionalistas na Guerra Civil Espanhola, embora realmente sentia-se inclinado para o comunismo.
Logo que chegou à Espanha, sob influência de um protestante alemão abandonou o Catolicismo, convencido pelo amigo de que o papado era a causa de todos os males do mundo. Foi-lhe inculcado a peculiar aversão protestante à Santíssima Virgem e ensinado que o Papa era a besta do apocalipse. Fanatizado, Bruno passou a nutrir intenso ódio para com a Igreja e fez o juramento de matar o Papa.
Persuadido dessa idéia, comprou um punhal em Espanha especialmente para esta finalidade, no qual talhou as ameaçadoraspalavras: "Morte ao Papa."

Em sua Fé, a esposa de Bruno recorre ao Sagrado Coração de Jesus

Bruno e sua família
Bruno, sua esposa Iolanda e seus três filhos
Suas novas crenças protestantes assustam sua esposa, que passa a ser inclusive agredida fisicamente por ele. Em sua cegueira, destrói todas as lembranças católicas, sacramentais e imagens sagradas que tinha em sua casa. Decide aderir à sua nova fé através da Igreja Adventista, localizada em Roma.
Antes porém de passar a frequentar os cultos, tenta persuadir sua mulher a converter-se ao protestantismo. Pressionada, ela concorda, mas com uma condição: a de que ele fizesse a devoção das Nove Primeiras Sextas-feiras, conhecida prática católica dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Essa devoção, ensinada pelo próprio Jesus no século XVII em uma sobrenatural manifestação à Santa Margarida Maria Alacoque (1647-1690), consiste em receber a Sagrada Eucaristia durante 9 sextas-feiras consecutivas (1).
Assim, ficou combinado entre Bruno e sua esposa que, se, porventura, ao final desse período ele ainda estivesse determinado a se tornar um protestante, ela o acompanharia em sua nova crença.
Iolanda acalentava a fé de que Deus de alguma forma convertesse seu marido. No entanto, no final dos nove meses, Bruno mantinha firme sua adesão à crença adventista. Assim, relutantemente, ela foi obrigada a se render às novas convições religiosas do marido.

Em seu ranço anti-católico, Bruno escreveu: “Nossa Senhora não é uma virgem, não é imaculada, não é a ‘Senhora da Assunção’"

Filhos de Bruno
Os filhos de Bruno, Carlo, Isola e Gianfranco com idades entre 7, 10 e 4 anos respectivamente
De 1939 a 1947 Bruno trabalhava como condutor elétrico, em Roma. Nessa época tinha três filhos Carlo, Gianfranco e Isola, com idades respectivas entre 7, 4 e 10 anos. Sua violência para com a esposa continuava, causando muito sofrimento tanto para ela como para as crianças. Agora ele era um comunista convicto que mantinha o secreto plano de matar o Papa.
Era final de inverno. Bruno se encontrava a passeio em Tre Fontane. As crianças brincavam com uma bola à orla da floresta de eucalipto. Tranquilamente, sentou-se para escrever um documento contra a Virgem Maria, tema que apresentaria na pregação que faria no dia seguinte, em sua igreja.
Naquele momento, ali estava um agitador protestante, desenvolvendo um tema contra a Virgem Maria. Sua redação devia ser violenta, arrogante, e ao mesmo tempo convincente. Numa pasta ele trouxera sua Bíblia protestante. Logo em suas primeiras frases ele estabelece a negação, em primeiro lugar, dos privilégios concedidos por Deus a Maria, Sua Mãe. Bruno escreveu: “Nossa Senhora não é uma virgem, não é imaculada, não é a ‘Senhora da Assunção’.

"Linda Senhora... Linda Senhora! ..."

Gruta da aparição
Gruta em Tre Fontane onde a Virgem do Apocalipse Se manifestou às três crianças e, em seguida, a Bruno
Nesse momento, Bruno foi interrompido pelas vozes de seus filhos que  começaram a gritar: “Papai, perdemos a bola, ajude-nos a encontrá-la.”
Logo encontrou a bola e passou a brincar com seus filhos até que em um dos chutes fez com que a bola subisse de forma tão espantosa que desapareceu. Novamente ele sai a procurá-la recomendando aos filhos para que permaneçam onde estavam.  Enquanto procura a bola, Bruno grita o nome dos filhos para certificar-se de que continuam onde os havia deixado. Porém, repentinamente, Gianfranco não responde mais aos chamados.
"Gianfranco, onde estás?" chama em vão o pai. Não obtendo resposta e ficando mais e mais preocupado, relembra: "eu o procurava freneticamente por entre os arbustos e as rochas. Finalmente encontro meu filho ajoelhado na entrada de uma gruta. Suas mãos em oração e os olhos fitando intensamente o interior da gruta. O garoto estava sorrindo e sussurrando alguma coisa. Aproximei-me dele e pude ouvir estas palavras:"Linda Senhora... Linda Senhora! ..."

De joelhos, permaneciam olhando encantados em direção ao interior da gruta, repetindo as mesmas palavras

A "Linda Senhora", conforme descrita pelos quatro videntes
Bruno então chama sua filha Isolda. Qual não é seu espanto quando a menina também cai de joelhos ao lado do irmãozinho. As flores que carrega caem de suas mãos, enquanto seus olhos também se fixam no interior da gruta. Também ela começa a sussurrar: “Bela Senhora... Bela Senhora!”
Cornacchiola conta: "Mais irritado do que nunca, eu estava perguntando a razão pela qual eu mesmo e meus filhos estávamos agindo de forma tão estranha. De joelhos, permaneciam olhando encantados em direção ao interior da gruta, repetindo as mesmas palavras. Chamei Carlo, que veio ainda olhando para a bola".
"Vêm aqui, também," implorei. "Explica para mim o que teu irmão e tua irmã estão fazendo nessa estranha posição. Será um jogo que estão brincando juntos?"
"O jogo a que tu referes", observa Carlo, "eu não estou familiarizado com ele e não sei como jogar isso!" De repente, também ele cai de joelhos, ao lado direito de Isola, junta suas mãos em oração, e seus olhos incidem fascinados num local particular da gruta, a repetir baixinho as mesmas palavras,"Linda Senhora!..."

Uma coisa foi puxada dos meus olhos”

Bruno
Precedendo a aparição, Bruno vê duas mãos puras e brancas moverem-se em sua direção e tocam-lhe levemente o rosto. Bruno sente a sensação de que “uma coisa foi puxada dos meus olhos”
Bruno entende que ele e sua família estão sendo protagonistas de um evento claramente sobrenatural.
"Eu estava assustado. Temeroso, fui perto da minha garotinha. 'Levanta-te, Isola.' Ela não respondeu. Tentei levantá-la, mas sem sucesso. Aterrorizado, percebendo suas pupilas dilatadas, suas faces pálidas, como se estivessem em êxtase, eu abracei minha menor, dizendo: 'vamos, levanta-te.' Como eu poderia ter perdido tanta força em meus braços? E então, eu exclamei: 'O que está acontecendo aqui?' 'Existe feitiçaria ou demônios neste gruta?' Instintivamente eu disse': 'Quem és tu, tu deves ser mesmo um sacerdote, sai!' Eu entrei na gruta, assim determinado a lutar contra quem estava lá dentro... mas a gruta estava vazia".
Angustiado, e vendo apenas a rocha nua diante de si, sai em estado de desespero, chorando convulsivamente, levanta os braços e os olhos para o céu e exclama: "Deus, livrai-nos!"
Ao dizer essas palavras vê duas mãos puras e brancas moverem-se em sua direção e tocam-lhe levemente o rosto. Bruno sente a sensação de que “uma coisa foi puxada dos meus olhos”. Naquele momento, sente uma certa dor e acha-se no mais profundo esquecimento. Pouco a pouco as trevas vão diminuindo, deixando uma tênue luz gradualmente mais brilhante e densa, de forma a iluminar toda a Gruta.
Neste ponto, "Cornacchiola continua: "Eu não poderia ver a gruta, nem o que estava dentro, mas eu estava envolto por uma invulgar alegria."

"Sou aquela que está na Trindade Divina. Sou a Virgem da Revelação. Tu me persegues. Mas agora, basta! Entra para o santo redil, a corte celeste na Terra. Obedece à autoridade do Papa"

Ilustração da Virgem
A forma feminina estava descalça e trazia um livro de capa escura sobre o peito: A Bíblia! Bruno percebe que, com Sua mão esquerda, a visão aponta para algo próximo a seus pés. "Eu olhei no chão e vi um pano preto e sobre ele uma cruz quebrada"
Naquele momento de misteriosa perplexidade durante o qual é arrebatado da terra para o maravilhoso limiar da eternidade, para o ponto mais brilhante, ele tem a visão de uma jovem e doce senhora perfeitamente humana, de cabelos negros, vestida com uma túnica branca, uma faixa cor-de-rosa à cintura e um grande lenço cor de esmeralda sobre a cabeça. Apresentava-Se emoldurada dentro de uma luz dourada. Bruno olha para Ela, atraído por Sua beleza fascinante. Embora envolta por tão intensa luz, não sente seus olhos machucados, apenas extasia-se naquele mergulho na supernaturalidade.
Uma intensa fragrância de rosas e lírios tomou conta do lugar. A forma feminina estava descalça e trazia um livro de capa escura sobre o peito: A Bíblia! Bruno percebe que, com Sua mão esquerda, a visão aponta para algo próximo a seus pés. "Eu olhei no chão e vi um pano preto e sobre ele uma cruz quebrada".
Cornacchiola pensa que o pano preto, semelhante a uma beca rasgada, junto com a cruz quebrada, simbolizavam a liturgia e outros sinais sagrados que muitos religiosos têm descartado. "Meu primeiro impulso", prossegue, "foi chorar, pois eu não conseguia dizer uma única palavra." Naquele momento, a Mãe do Verbo e Mãe de toda humanidade, dirige então estas palavras a seu perseguidor:
"Sou aquela que está na Trindade Divina. Sou a Virgem do Apocalipse [ou da Revelação]. Tu me persegues. Mas agora, basta! Entra para o santo redil, a corte celeste na Terra. Obedece à autoridade do Papa. A promessa de Deus permanece inalterada: você está sendo salvo por ter guardado e observado as Nove Primeiras Sextas-feiras dedicadas ao Sagrado Coração de Jesus. Você atendeu à solicitação de sua fiel e amorosa esposa antes de fazer suas errôneas escolhas".

"Tu irás até o Santo Padre, o Supremo pastor de todos os cristãos. Dar-lhe-ás pessoalmente a ele Minha mensagem"

Pio XII
Parte das palavras da Virgem do Apocalipse eram dirigidas a Bruno e aos fiéis, e outra parte dizia respeito unicamente ao Santo Padre, portanto, um segredo que deveria ser confiado exclusivamente a ele
A essas palavras, Bruno sente-se suspenso, quase imerso em um estado pleno de felicidade em sair deste mundo. Ao mesmo tempo, um indefinível e misterioso perfume inunda todo o lugar, como a purificar a suja terra da gruta, então miseravelmente contaminada pelo pecado de muitos encontros ilícitos de pessoas que nela se ocultavam para cometerem adultérios, praticarem o crime do aborto e outros pecados da carne.
Em amorosa atitude maternal, a celestial Senhora conversou longamente com aquele filho, agora prestes a voltar para Deus. Parte de Suas palavras eram dirigidas a ele e aos fiéis, e outra parte dizia respeito unicamente ao Santo Padre, portanto, um segredo que deveria ser confiado exclusivamente a ele. Então, a Santíssima Virgem continuou:
"Quero dar-te a prova absoluta da realidade divina com a qual tu te deparas e, com issso, excluas qualquer outro motivo que não seja a verdadeira razão desse encontro. Este é o sinal: Cada vez que tu cumprimentares um padre na igreja ou na rua, tu lhe dirás: 'Padre, preciso falar com o senhor." Se ele responder: 'Ave Maria! - Meu filho, o que desejas?', implora-lhe para que pare, pois ele é o sacerdote escolhido por Mim. Tu lhe dirás o que teu coração ditar e lhe obedecerás. Na verdade, ele te guiará para um outro sacerdote, dizendo: 'Este é o padre ideal para ti' Depois, tu irás até o Santo Padre, o Supremo pastor de todos os cristãos. Dar-lhe-ás pessoalmente a Minha mensagem. Eu te mostrarei alguém que te levará até o Papa. Algumas pessoas do teu relacionamento não acreditarão em ti, mas não te incomodes com isto".
Naquela noite, Bruno se ajoelharia aos pés de sua esposa, contar-lhe-ia tudo e lhe imploraria perdão por toda violência e pelo caminho tortuoso que tinha tomado.

"A Santíssima Mãe foi minha professora, Aquela que me deu uma incomparável e sólida educação catequética, auxiliando-me a ser Sua testemunha"

Convertido
O vidente realizou inúmeras conferências desde o Canadá até a Austrália, contando a história de sua conversão
A Senhora disse estas palavras com indizível bondade e serenidade maternal. Depois, a encantadora dama virou-Se, mostrando Seu manto verde. Lentamente, moveu-Se em direção à Basílica de São Pedro.
Bruno, extático, percebeu que a Virgem tinha baixado seu olhar compassivo, apiedando-Se sua extrema pobreza para dar-lhe orientação, força e conforto.
O título de "Virgem do Apocalipse" não só é novo e maravilhoso para a Mãe de Deus, mas também altamente teológico. De fato, confirma todos os privilégios com base na palavra revelada e atribuída a Ela ao longo dos séculos.
Cornachiolla afirmou: "a Santíssima Mãe foi minha professora, Aquela que me deu uma incomparável e sólida educação catequética, ajudando-me a ser testemunha." Por isso, logo que Se manifestou a ele, após a saudação, disse-lhe com um doce sorriso:
"Tu me persegues. Agora basta! Entra no sagrado redil, no Celestial Tribunal sobre a Terra".
E com isso, mostrava o único caminho para a salvação, deixado por Seu Filho há dois mil anos, a Igreja Católica Apostólica Romana, que Bruno tinha abandonado.

"As Ave Marias que tu recitas com fé e amor são como setas douradas que penetram o Coração de Jesus"

Procissões passaram a ser realizadas em honra à Virgem do Apocalipse
Pouco mais de dois anos mais tarde, em 9 de Dezembro de 1949, Bruno fez parte de um grupo convidado a rezar o rosário com Pio XII, em sua capela privada. Após o rosário, o Papa perguntou se alguém queria falar com ele. Bruno entrou imediatamente e, ajoelhando-se a seus pés, com lágrimas de sincera compulsão, mostrou a adaga com a qual ele intencionava matá-lo, e tambem entregou-lhe sua Bíblia protestante. Bruno implorou perdão ao Papa e Pio XII imediatamente o perdoou sem hesitações.
Assim, essa tão singela, porém extraordinária manifestação da Santíssima Virgem, transformou para sempre a vida de Bruno. Uma vez desintegrados seu orgulho e sua obstinação, o antigo comunista passou a fazer grandes progressos e caminhou rapidamente no caminho da Verdade. O contato com a Mãe de Jesus acendeu-lhe o intelecto e reforçou sua vontade, sem alterar suas características pessoais.
Seu temperamento impetuoso ainda permaneceu com ele, mas foi direcionado para verdadeiros valores evangélicos e atividades espirituais.
Primeiramente, Bruno reconheceu o seu pecado e voltou-Se para Ela, a Imaculada, rogando perdão e força para a sua futura missão na vida. Sabendo que Seu Filho veio para pecadores como ele próprio, compreendeu porque a Santíssima Virgem tanto pede insistentemente a todos para que rezem e recitem o Rosário.
"Reza sempre e nunca deixes de recitar o Santo Rosário diário pela conversão dos pecadores e não-crentes e também pela Unidade dos Cristãos. As Ave Marias que recitas com fé e amor são como setas douradas que penetram o Coração de Jesus".

"Com esta terra antes cheia de pecados Eu operarei milagres pela conversão dos incrédulos"

Curas
Carlo Mancuso, meirinho municipal, o primeiro de muitos outros casos a ser agraciado com uma cura milagrosa por intercessão da Virgem do Apocalipse
Convém ressaltar que a gruta onde a Santíssima Virgem manifestou-Se a Bruno Cornacchiola e, anteriormente, também a Luigina Sinapi, tinha se tornado um antro de prostituição e criminalidade. Quando Luigina em 1927 avistou a Santíssima Virgem, próximo a Seus pés havia no chão o esqueleto de um bebê abortado, cujo corpo fora jogado naquele lugar.
É interessante ressaltar ainda que a uma curta distância daquela gruta, no sopé da colina, encontra-se a Igreja de São Paulo, que fora um perseguidor dos cristãos e, em seguida, apóstolo dos gentios, depois de sua conversão, quando Cristo manifestou-Se para ele às portas de Damasco. Segundo a tradição, São Paulo foi martirizado naquele local durante o tempo de Nero. Sua cabeça, decapitada por uma espada caíra ao chão e três vezes rolou quando, prodigiosamente, surgiu água a partir daqueles três lugares. Por isso aquele sítio foi denominado "Três Fontes". 
Também Bruno Cornacchiola, outro perseguidor da Igreja, ali, tão próximo do lugar do martírio do apóstolo, é chamado a tornar-se um defensor da Fé, através de Maria, a Mãe a quem quis insultar nesse mesmo dia a Ela consagrado, o sábado, oitava da Páscoa.
Assim como Paulo, Bruno recebe do Céu a mesma missão, através da própria Virgem e torna-se sinal para seus irmãos. Ao longo de sua vida realizou seminários, encontros e palestras para pessoas de outras crenças e ex-católicos.
A própria Virgem tinha prometido:
"Através deste local até então sujo pelo pecado Eu operarei milagres para a conversão dos incrédulos."
A gruta de Tre Fontane transformou-se também num local de peregrinação de papas. Por lá passaram os Papas Pio XII, João XXIII, Paulo VI e João Paulo II que foram buscar, no amor e na proteção da Mãe da Igreja, a força necessária para a segura condução da barca de Pedro nas tempestuosas águas de nossos tempos.

A Virgem confirma o dogma: "Meu corpo não poderia ter perecido. Meu Filho O reclamou no momento de minha morte"

Virgem assunta aos Céus
A Santíssima Virgem confirma o dogma da Assunção: "Meu perecível corpo não chegou a perecer. Meu Filho O reclamou no momento de minha morte"
Em Sua amorosa e maternal benevolência a Santíssima Virgem também quis revelar Seu Filho nos mistérios de Suas íntimas ligações com a Santíssima Trindade:
"Meu perecível corpo não chegou a perecer. Meu Filho O reclamou no momento de minha morte."
Essa afirmação, portanto, é confirmada no dogma da Assunção a sustentar que a Mãe de Deus, no fim de Sua vida terrena foi elevada em corpo e alma à glória celestial. Este dogma foi proclamado ex cathedra pelo Papa Pio XII, no dia 1º de novembro de 1950, por meio da Constituição Munificentissimus Deus:
"Depois de elevar a Deus muitas e reiteradas preces e de invocar a luz do Espírito da Verdade, para glória de Deus onipotente, que outorgou à Virgem Maria sua peculiar benevolência; para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte; para aumentar a glória da mesma augusta Mãe e para gozo e alegria de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória do céu".
O Novo Catecismo da Igreja Católica declara: "A Assunção da Santíssima Virgem constitui uma participação singular na Ressurreição do seu Filho e uma antecipação da Ressurreição dos demais cristãos" (n. 966).
Sobre essa verdade de Fé proclamada unicamente pela Igreja Católica, conferir a predição do próprio Jesus, duzentos anos antes, em Sua manifestação à Madre Mariana de Jesus em MENSAGEM DE MARIA SANTÍSSIMA EM QUITO, EQUADOR, (1594).

Portão da paz

Santuário
Imagem atual do Santuáio da Virgem do Apocalipse
Em 12 de maio de 1956 teve início a construção do santuário na gruta. A estátua foi feita de Nossa Senhora eo Papa Pio XII que a abençoou.
Em 23 de fevereiro 1982, a Santíssima Virgem apareceu novamente a Bruno:
"Desejo que seja construída aqui uma casa-santuário dedicada a Mim sob a invocação de Virgem do Apocalipse, Mãe da Igreja. Minha casa será aberta a todos, de modo que todos possam entrar, encontrar a salvação e serem convertidos. Aqui o sedento e o pecador virão rezar. Aqui eles encontrarão amor, compreensão, consolo e o verdadeiro significado da vida. Aqui, nesta gruta, onde tenho aparecido várias vezes, será um santuário de expiação, como um purgatório na terra.
"Ela terá um portão, com o significativo nome 'Portão da Paz'. Todos que entrarem por ele se cumprimentarão uns aos outros com a saudação de paz e de unidade."

Milagre do sol e constantes manifestações de graças, interiores e exteriores

Gruta
Fiéis em oração diante da imagem da Virgem do Apocalipse
Conforme profetizara a Virgem do Apocalipse, "muitas manifestações e graças, interiores e exteriores" iriam ocorrer. E como nas vezes precedentes, essa profecia também se cumpriu à risca.
No dia 12 de abril de 1980, mais de 3 mil pessoas assistiram estupefatas, durante a missa e, mais precisamente, no momento da consagração, o disco solar mudar de forma e de cor e apresentou as mais extraordinárias figuras.
O fato se repetiu em 12 de abril de 1982. Aproximadamente dez mil pessoas presentes na missa, concelebrada no novo santuário, testemunharam o céu e o sol mudarem sobrenaturalmente seu espectro de cores e uma grande esfera branca radiante passar pela gruta. Esses sinais foram testemunhados pelo próprio Secretário de Estado do Vaticano.
Desde a primeira aparição em 1947, sinais e conversões continuam ocorrendo, especialmente a cada dia 12 de abril, data de aniversário da primeira aparição. Muitas curas milagrosas têm sido reivindicadas por pessoas que, a pedido da Virgem, tocaram com fé sobre a terra da gruta. O primeiro "milagre do sol" foi relatado em Il Tempo (Um grande jornal diário, em Roma, Itália).

Conclusão

Bruno
Bruno faleceu em 22 de junho de 2001 fiel à sua conversâo. Ainda velhinho, era visto solitário diante do altar a recitar seu rosário diariamente
Assim, a Virgem do Apocalipse veio pessoalmente confirmar o que Seu Filho já o determinara a Seu tempo.
Diz a Virgem do Apocalipse: "Entra para o santo redil, a corte celeste na Terra".
Disse Jesus: "Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus" (Mt 16,19).
Portanto, a Igreja Católica é é verdadeiramente o santo redil terreno de Cristo.
Diz a Virgem do Apocalipse: "Obedece ao Papa, o supremo pastor de todos os cristãos".
Disse Jesus: "E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16,18).
Portanto, por mais que os ventos fustiguem a Casa do Senhor, Ele próprio continua sendo seu eterno penhor.
Pio XII testemunhou o fenômeno do sol
1951: O Papa Pio XII também foi testemunha direta do "giro do sol", ocorrido nos jardins do Vaticano. A capa da revista "Domenica del Corriere", do dia 28 outubro de 1951 apresenta uma ilustração referente ao episódio. Na legenda, lê-se que o Papa Pio XII, em 1950, enquanto caminhava a pé sozinho nos jardins do Vaticano, por três vezes viu o esplendor do fenômeno do sol que se transformou num disco de prata e projetou feixes de luz em todas as direções com alterações de cores. O mesmo fenômeno maravilhoso manifestou-se em vários anos atrás, precisamente na aldeia de Fátima e, por duas vezes, sobre a gruta de Tre Fonte.
Parede da gruta
Testemunho de Bruno Cornacchiola grafado por ele próprio na parede da gruta. Os escritos referem-se ao episódio sobrenatural da Virgem do Apocalipse que Se apresentou simultaneamente a ele e a seus três filhos
Projeto
Projeto de construção do santuário
Tre Fontane
Uma das primeiras matérias publicadas em
periódicos da época
Fotografias
Documentação fotográfica (dezembro de 1947)
Cartão postal
Cartão postal de Tre Fontane
Missa
Celebração realizada na gruta de Tre Fontane
Bruno
Bruno Cornacchiola, tocado pela graça
do Espírito Santo através da
Santíssima Virgem da Revelação
________
Obras de consulta e anotações:
1-                     No século XVII, o jansenismo (heresia que constituiu uma corrente semi-protestante no interior da Igreja. Era de um rigorismo hirto (duro) e despropositado. Foi instituída pelo holandês Cornélio Jansênio, bispo de Ypres (1636). Sua teologia negava a infinita misericórdia de Deus e defendia a predestinação. Tal heresia foi condenada por diversos Papas, entre eles Inocêncio X, pela bula papal Cum occasione (1653). A principal característica dessa heresia consistia no fato de que se tornava uma espécie de protestantismo mitigado, infiltrado dentro da Igreja, causava grandes danos entre os fiéis. Destruía nas almas a noção da misericórdia de Deus e da confiança filial que devemos ter em relação ao Pai Celeste, inculcando um temor desprovido de amor, inclinando os católicos a fugir dos Sacramentos, sobretudo da Sagrada Eucaristia. Foi então que Nosso Senhor Jesus Cristo manifestou-Se a Margarida Maria Alacoque, jovem religiosa da Ordem da Visitação, para transmitir sua mensagem de misericórdia e confiança, expressa no Coração humano e divino do Verbo Encarnado. O culto ao Sagrado Coração de Jesus obteve a partir de então grande impulso e alastrou-se por toda a Igreja. Infelizmente, com a descristianização geral, hoje essa devoção aliás, como tantas outras perdeu praticamente todo o seu sentido de adoração, reparação e petição, tão necessários nos nossos tempos. (Cf. http://www.projetocrescer.net/osantodasemana_.asp?artigo=28).
2-                     The Virgin of the Revelation - Tre Fontane - Roma" by the "Shrine of "Virgin of the Revelation, Mother of the Church", 36 Chittering Rd, Bullsbrook, Western Australia, 6084.
Cf. TRUE & NEGLECTED APPARITION. TRE FONTANE, ROME 1947 - http://www.unitypublishing.com/Apparitions/TreFontane.html.
Cf. Apparizione di Itri (LT), 15 agosto 1935, alla serva di Dio Luigina Sinapi (1916-1978) e le Tre Fontane di Roma - http://www.mariadinazareth.it/home%20page.htm
Cf. Paróquia N. S. da Penha. Testemunhos de conversão. Testemunho e conversão de um ex-adventista. http://www.paroquiadearacariguama.com.br/11_Artigos/Artigos_test-conver.html
Cf. In Defense of the Cross. The Virgin of the Revelation.
http://www.indefenseofthecross.com/Virgin_of_Revelation.htm
Cf. Missioneras de La Divina Revelación. http://www.divinarivelazione.org/esp/
Cf. La Vergine della Rivelazione è apparsa alle Tre Fontane - http://trefontane.altervista.org/index.html

Fátima -Portugal-1916-1917 Nossa Senhora do Rosário de Fátima






Os videntes

LÚCIA DE JESUS
A principal protagonista das Aparições nasceu em 22 de Março de 1907, em Aljustrel, paróquia de Fátima. Em 17 de Junho de 1921, ingressou no Asilo de Vilar (Porto), dirigido pelas religiosas de Santa Doroteia.
Depois foi para Tuy, onde tomou o hábito, com o nome de Maria Lúcia das Dores. No dia 25 de Março de 1948, transferiu-se para Coimbra, onde ingressou no Carmelo de Santa Teresa, tomando o nome de Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado. No dia 31 de Maio de 1949, fez a sua profissão de votos solenes.
Faleceu em 13 de Fevereiro de 2005 no Carmelo de Sta. Teresa, com a idade de 97 anos.
FRANCISCO MARTO
Nasceu em 11 de Junho de 1908, em Aljustrel. Faleceu no dia 4 de Abril de 1919, na casa de seus pais. Muito sensível e contemplativo, orientou toda a sua oração e penitência para "consolar a Nosso Senhor".
Os seus restos mortais ficaram sepultados no cemitério paroquial até ao dia 13 de Março de 1952, data em que foram trasladados para a Basílica da Cova da Iria.
JACINTA MARTO
Nasceu em Aljustrel, no dia 11 de Março de 1910. Faleceu em 20 de Fevereiro de 1920, no Hospital de D. Estefânia, em Lisboa, depois de uma longa e dolorosa doença, oferecendo todos os seus sofrimentos pela conversão dos pecadores, pela paz no mundo e pelo Santo Padre.
Em 12 de Setembro de 1935 foi solenemente trasladado o seu cadáver do jazigo da família do Barão de Alvaiázere, em Vila Nova de Ourém, para o cemitério de Fátima, e colocado junto dos restos mortais do seu irmão Francisco.
No dia 1 de Maio de 1951, efectuou-se, com a maior simplicidade, a trasladação dos restos mortais de Jacinta para o novo sepulcro preparado na Basílica da Cova da Iria.
Francisco e Jacinta foram beatificados pelo Papa João Paulo II em 13 de Maio de 2000.

A mensagem

1) Aparições do Anjo
No verão de 1916, as crianças pastavam o rebanho de ovelhas quando foram surpreendidas por uma tempestade de verão. Refugiando-se numa caverna próxima, decidiram comer a merenda e esperar até que a tempestade amainasse. Assim que terminaram de rezar o Rosário, a chuva parou de súbito e, ao deixarem a caverna, foram saudados por uma forte ventania que soprava dos pinheiros. Quando procuraram a causa de tal vento, deram com a mesma nuvem translúcida que Lúcia já tinha observado no ano anterior. Desta vez, a nuvem moveu-se na direcção deles e tornou-se distinguível como um "jovem" transparente, aparentando cerca de catorze anos. O jovem apresentou-se às crianças:
"Não tenham medo. Eu sou o Anjo da Paz. Rezem comigo".
Ajoelhou-se então sobre o chão, curvando-se para a frente até que a testa tocou no solo, e orou:
"Meu Deus: eu creio, adoro, espero e amo-vos. Peço-vos perdão por aqueles que não crêem, não adoram, não esperam e não vos amam".
Rezou assim três vezes. Quando se levantou, disse às crianças:
"Rezem assim. Os Corações de Jesus e de Maria estão atentos à voz das vossas súplicas."
Desapareceu, de seguida, de vista. As crianças permaneceram em êxtase. Repetiram essa oração por longo tempo, como o anjo o fizera, de joelhos.
As crianças decidiram nada relatar dessa experiência, temendo o ridículo e as censuras dos pais e amigos. Algumas semanas mais tarde, o anjo tornou a aparecer e instou-os a que rezassem muito, oferecessem sacrifícios ao Altíssimo, acolhessem os sofrimentos que porventura o Senhor lhes enviasse, nestas palavras (copiadas do diário de Lúcia):
"Rezem! Rezem! Rezem muito! Os Corações de Jesus e de Maria têm sobre vocês desígnios de misericórdia. Ofereçam constantemente orações e sacrifícios ao Altíssimo! De tudo quanto puderem, ofereçam um sacrifício como reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores, atraindo assim sobre a vossa Pátria a paz. Acima de tudo, aceitem e suportem com submissão o sofrimento que o Senhor vos enviar."
 Nesta terceira e última aparição, em Outubro de 1916, o Anjo trouxe nas mãos um Cálice, sobre o qual encontrava-se suspensa uma Hóstia, de que caíam gotas de sangue no Cálice. Deixando a Hóstia e o Cálice suspensos no ar, prostrou-se em terra e repetiu três vezes esta oração:
"Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-vos profundamente e ofereço-vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, presente em todos os Sacrários da Terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado Coração de Maria peço-vos a conversão dos pobres pecadores".
Depois, levantando-se, tomou novamente nas mãos o Cálice e a Hóstia. Deu a Hóstia a Lúcia. O conteúdo do Cálice, deu-o a beber a Jacinta e Francisco, dizendo ao mesmo tempo:
"Tomem o Corpo e bebam o Sangue de Jesus Cristo, horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparem os seus crimes e consolem ao vosso Deus."
Novamente prostrou-se em terra e repetiu com as crianças pelo menos três vezes a mesma oração. E desapareceu.

2) Aparições de Nossa Senhora
Em todas as aparições é Lúcia a única que dialoga com a Virgem. Jacinta vê e ouve mas não fala. Francisco apenas ouve.

13 de Maio
Lúcia pergunta:
- Vossemecê quem é?
- Sou do Céu.
- E que quer de nós?
- Venho pedir-vos que venham aqui durante seis meses seguidos, no dia 13 a esta mesma hora. Depois, dir-vos-ei quem sou e o que quero. Depois, virei uma sétima vez.
- E eu vou para o Céu?
- Sim, vais.
- E  a Jacinta?
- Também.
- E o Francisco?
- Também mas tem de rezar muitos terços.
Lúcia pergunta por duas jovens que tinham morrido há pouco tempo.
- A Maria já está no Céu?
- Sim, já está.
- E a Amélia?
- Estará no Purgatório até ao fim dos tempos.
- Quereis oferecer a Deus todos os sofrimentos que Ele vos enviar, em reparação pelos pecados com que Ele é ofendido, e pela conversão dos pecadores?
- Sim, queremos.
- Tereis muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto.
Enquanto pronunciava estas palavras, Nossa Senhora abriu as mãos e delas se desprendeu uma intensa luz. Lúcia dirá mais tarde: "Esta luz intensa penetrou no nosso coração até ao mais fundo da alma. Fazia com que nos víssemos em Deus, que era a luz, mais claramente do que nos vemos no melhor dos espelhos."
Antes de partir, Nossa Senhora disse-lhes:
- Rezai o terço todos os dias para alcançar a paz para o mundo e o fim da guerra.
- Quando acabará a guerra?
- Não posso dize-lo antes de vos dizer o que quero.
Com estas palavras elevou-se no Céu até desaparecer.

13 de Junho
- Vossemecê que me quer?
- Quero que venhais aqui no próximo dia treze, que rezeis o terço todos os dias e que aprendais a ler. Depois, dir-vos-ei o que quero.
Lúcia pede a cura de um doente:
- Se se converter, será curado.
- Queria pedir-lhe para nos levar para o Céu.
- Sim, Francisco e Jacinta, levá-los-ei em breve, mas tu ficarás aqui durante algum tempo. Jesus quer servir-se de ti para me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. A quem tiver esta devoção prometo a salvação; essas almas são queridas de Deus como flores colocadas por mim a embelezar o seu trono.
Com tristeza Lúcia diz:
- Vou ficar cá sozinha?
- Não minha filha. Sofres muito? Não desanimes. Nunca te abandonarei. O meu Coração Imaculado será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá a Deus.
Diante da palma da mão direita da Virgem estava um coração cravado de espinhos: o Coração Imaculado de Maria ultrajado pelos pecados da humanidade e que pedia reparação.

13 de Julho

- Vossemecê que me quer?
- Quero que venham aqui no próximo dia 13, que continuem a rezar o terço todos os dias em honra de Nossa Senhora do Rosário, para obter a paz e o fim da guerra, pois só Ela vos pode socorrer.
- Queria pedir-lhe que dissesse quem é e que fizesse um milagre a fim  de que toda a gente acredite que Vossemecê nos aparece.
- Continuai a vir aqui todos os meses. Em Outubro dir-vos-ei quem sou e o que quero, e farei um milagre que todos poderão ver para acreditarem.
Sacrificai-vos pelos pecadores, e dizei muitas vezes a Jesus, sobretudo quando fizerdes algum sacrifício: "Ó Jesus, é por amor por vós, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria."
Diz Lúcia: "Nossa Senhora mostrou-nos um grande mar de fogo que parecia estar debaixo da terra. Mergulhados em esse fogo os demónios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras, ou bronzeadas com forma humana, que flutuavam no incêndio levadas pelas chamas que delas mesmas saiam, juntamente com nuvens de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das faúlhas em os grandes incêndios sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero que horrorizava e fazia estremecer de pavor. Os demónios distinguiam-se por formas horríveis e ascorosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes e negros. Esta vista foi um momento, e graças à nossa boa Mãe do Céu; que antes nos tinha prevenido com a promessa de nos levar para o Céu (na primeira aparição) se assim não fosse, creio que teríamos morrido de susto e pavor."
Em seguida, levantámos os olhos para Nossa Senhora que nos disse com bondade e tristeza:
- Vistes o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores, para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção a meu Imaculado Coração. Se fizerem o que eu disser salvar-se-ão muitas almas e terão paz. A guerra vai acabar, mas se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra pior. Quando virdes uma noite, alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai a punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. Para a impedir virei pedir a consagração da Rússia a meu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz, se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja, os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas, por fim o meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz. Em Portugal o dogma da fé manter-se-á sempre, etc... Não digais isto a ninguém, excepto ao Francisco.
E acrescentou:
- Quando rezardes o terço, dizei depois de cada mistério:
"Ó meu Deus, per doai-nos e livrai-nos do fogo do inferno. Levai as almas para o Céu, sobretudo as mais precisadas."
A aparição de 13 de Julho contém a chamada 3ª parte do "segredo" de Fátima. A 1ª e a 2ª, respectivamente, a visão do inferno e o pedido da consagração da Rússia, já tinham sido revelados. Foi em 13 de Maio de 2000 que o Papa João Paulo II beatifica Jacinta e Francisco Marto, e que é dada a conhecer publicamente a carta que Lúcia escrevera em 1944, onde narra a continuação da visão de 13 de Julho de 1917.

TERCEIRA PARTE DO "SEGREDO"
Carta escrita em Tuy, em 03-01-1944
"Depois das duas partes que já expus, vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora um pouco mais alto um Anjo com uma espada de fogo em a mão esquerda; ao cintilar, despedia chamas que parecia iam incendiar o mundo; mas apagavam-se com o contacto do brilho que da mão direita expedia Nossa Senhora ao seu encontro: O Anjo apontando com a mão direita para a terra, com voz forte disse: Penitência, Penitência, Penitência! E vimos numa luz imensa que é Deus: “algo semelhante a como se vêem as pessoas num espelho quando lhe passam por diante” um Bispo vestido de Branco “tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre”. Vários outros Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas subir uma escarpada montanha, no cimo da qual estava uma grande Cruz de troncos toscos como se fora de sobreiro com a casca; o Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade meia em ruínas, e meio trémulo com andar vacilante, acabrunhado de dor e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho; chegado ao cimo do monte, prostrado de joelhos aos pés da grande Cruz foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam vários tiros e setas, e assim mesmo foram morrendo uns trás outros os Bispos Sacerdotes, religiosos e religiosas e várias pessoas seculares, cavalheiros e senhoras de varias classes e posições. Sob os dois braços da Cruz estavam dois Anjos cada um com um regador de cristal em a mão, neles recolhiam o sangue dos Mártires e com ele regavam as almas que se aproximavam de Deus."

19 de Agosto
Nos Valinhos (porque no dia 13 tinham sido impedidos de ir à Cova da Iria pelas autoridades)
- Quero que continueis a ir à Cova da Iria no dia 13, que continueis a rezar o terço todos os dias. No último mês farei o milagre.
Lúcia perguntou o que fazer ao dinheiro que deixavam junto da azinheira.
- Fareis dois andores, um levas tu com a Jacinta e mais duas meninas, o outro leva o Francisco com outros três rapazes, todos vestidos de branco. Será para a festa de Nossa Senhora do Rosário.
Rezai, rezai muito e fazei sacrifício pelos pecadores porque muitas almas vão para o inferno por não terem ninguém que se sacrifique por elas.

13 de Setembro
Os pastorinhos usavam uma corda apertada em volta da cintura como sacrifício e dormiam com ela.
- Deus está satisfeito com os vossos sacrifícios mas não quer que dormais com a corda. Trazei-a só de dia.

13 de Outubro
- Quero dizer-te que se construa aqui uma capela em minha honra. Eu sou a Senhora do Rosário. Continuem sempre a rezar o terço todos os dias. A guerra vai acabar e os soldados virão para casa em breve.
É preciso deixar de ofender Nosso Senhor que já está tão ofendido.
De seguida deu-se o 'milagre do sol' durante dez minutos, presenciado por cerca de 70.000 pessoas. O sol, assemelhando-se a um disco de prata, podia fitar-se sem dificuldade e girava sobre si mesmo como uma roda de fogo, parecendo precipitar-se na terra. Neste espaço, os videntes puderam contemplar no céu as imagens da Sagrada Família, a visão de Nossa Senhora das Dores acompanhada de Nosso Senhor que abençoava o mundo,  e Nossa Senhora do Carmo.

Aparições posteriores a Lúcia:
Sendo Lúcia religiosa de Santa Doroteia, Nossa Senhora apareceu-lhe novamente em Espanha (10 de Dezembro de 1925 e 15 de Fevereiro de 1926, no Convento de Pontevedra, e na noite de 13/14 de Junho de 1929, no Convento de Tuy), pedindo a devoção dos cinco primeiros sábados (rezar o terço, meditar nos mistérios do Rosário, confessar-se e receber a Sagrada Comunhão, em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria) e a Consagração da Rússia ao mesmo Imaculado Coração. 

Reconhecimento pela Igreja

13-10-1930 - Pela Carta Pastoral "A Divina Providência", o Bispo de Leiria declara "dignas de crédito as visões das crianças na Cova da Iria" e permite oficialmente o culto de Nossa Senhora de Fátima.


6 DE AGOSTO-DIA DA BEATA MARIA FRANCISCA RUBATTO



Maria Francisca Rubatto
Em Carmanhola, cidade agrícola de intensa atividade pastoral, próxima de Turim, nasceu Ana Maria Rubatto, em 14 de fevereiro de 1844, numa família simples e cristã. Desde a infância, fez voto de virgindade, recusando, mais tarde, um casamento vantajoso. Aos dezenove anos, após algumas tragédias familiares, como a morte de alguns irmãos pequenos e a perda dos pais, deixou a cidade. Foi para Turim, onde residia sua irmã mais velha.

Durante cinco anos, dedicou-se às obras de caridade, fazendo parte da equipe de auxiliares do futuro são João Bosco, no seu Oratório. Lá, a rica e nobre senhora Scoffone, também pia e caridosa, fez dela sua filha adotiva. Levou-a para viver em sua casa e tornou-a sua conselheira na administração do seu patrimônio. Ao morrer, doou tudo, em testamento, para as obras dos padres do Cotolengo de Turim. Os anos vividos ao lado da senhora Scoffone foram de intenso empenho espiritual e caritativo.

Após o falecimento da protetora, voltou para junto de sua irmã. No verão de 1883, costumava ir para o balneário de Loano, na Riviera da Ligúria, onde ajudava as famílias e cuidava dos pescadores doentes em suas casas, dando, também, assistência às crianças abandonadas. Nesse local, uniu-se a um grupo de senhoras pias que se dedicavam às obras de caridade. Esse pequeno núcleo iniciava-se numa vida comunitária religiosa, inspirando-se no ideal de são Francisco de Assis, sob a direção do capuchinho padre Angélico.

Logo o padre percebeu que Ana Maria tinha uma fantástica capacidade organizadora de obras de caridade e que sua vocação missionária era emocionante, só voltada para a salvação das almas. Por isso o próprio padre Angélico incentivou-a a criar um novo Instituto. Em janeiro de 1885, vestiu o hábito religioso franciscano, junto com algumas das senhoras. Nascia a família religiosa das Irmãs Terciárias Capuchinhas de Loano, depois chamadas Irmãs Capuchinhas de Madre Rubatto, com a finalidade de dar assistência aos enfermos, especialmente em domicílio, e proporcionar a educação cristã da juventude.

Ana Maria emitiu os segundos votos em 1886, tomando o nome de Maria Francisca de Jesus. Foi eleita a primeira madre superiora do Instituto, cargo que manteve até a morte.

A sua obra difundiu-se rapidamente na Itália e também na América Latina. A partir de 1892, madre Maria Francisca começou a viajar para o Uruguai, a Argentina e o Brasil. Em 1895, fundou a primeira casa do seu Instituto fora do seu país, no Uruguai. Depois, acompanhou um grupo de religiosas à Missão de Alto Alegre, no Maranhão, Brasil, onde, em 1901, sete delas morreram mártires sob um dos ataques dos índios. A Argentina também recebeu a semente da sua Obra.

Ao todo, foram vinte casas abertas nos vinte anos do seu governo, todas organizadas e fundadas por madre Maria Francisca. Estava no Uruguai, em Montevidéu, quando adoeceu. Foi um exemplo cristão até no sofrimento. Morreu em 6 de agosto de 1904, nessa cidade, onde foi enterrada na capela da primeira casa fundada em terras estrangeiras.

A congregação, desde 1964, está presente na Etiópia, África. O papa João Paulo II proclamou-a, solenemente, a "primeira bem-aventurada do Uruguai" em 1993. A celebração da bem-aventurada Maria Francisca Rubatto deve acontecer no dia de sua morte.

Banneux - (Bélgica) - 1933 Nossa Senhora de Banneux





A vidente
Mariette Beco, nascida em 25 de Março de 1921. É a mais velha duma família de sete irmãos. A família é pobre e mora numa casa modesta isolada, um pouco afastada da estrada, fora da aldeia de Banneux. Em frente da casa há uma grande mata de pinheiros.

A mensagem
Domingo, 15 de Janeiro de 1933
Mariette, ao entardecer, está à janela de sua casa, espreitando o caminho na mira de ver aparecer o irmão Julien. São cerca das sete da tarde e faz muito frio. Subitamente apercebe-se duma silhueta feminina, luminosa, vestida de branco, com um cinto azul e estranhamente inclinada para o lado esquerdo.  A Senhora aparece no jardim da casa e faz-lhe sinal para que se aproxime. Mariette chama a mãe que, ao ver a silhueta luminosa, se enche de medo porque pensa tratar-se duma bruxa. De imediato, tranca a porta e não deixa sair a filha. Não foi pronunciada nenhuma palavra.
Quarta-feira, 18 de Janeiro de 1933
Mariette está no jardim e reza de joelhos. De repente, deixa o jardim e vai para a estrada porque a Senhora a chamou. Por duas vezes cai de joelhos. Um terceira vez se ajoelha diante duma poça de água proveniente duma fonte. A Senhora fala-lhe:
Mete as mãos na água. Esta fonte está-me reservada. Boa tarde, até à próxima.
Depois de sair do êxtase, Mariette conta que a Virgem tinha um vestido branco, comprido, deixando ver apenas o pé direito ornamentado com uma rosa dourada. A cabeça estava coberta com um véu branco também. Tinha um cinto azul. Da cabeça estava rodeada de raios luminosos e trazia um terço pendurado no braço direito.
Quinta-feira, 19 de Janeiro de 1933
O tempo está muito mau. Mariette está de joelhos no caminho. A Senhora aparece. Mariette pergunta-lhe:
"Quem sois vós, linda Senhora?"
Eu sou a Virgem dos Pobres.
A Virgem conduz a menina pelo caminho até à fonte. Mariette pergunta mais uma vez:
"Dissestes-me ontem, bela Senhora: esta fonte está-me reservada. Porque me está reservada"
Mariette refere-se a si, pensando que a fonte é para ela. Com um sorriso, a Virgem responde:
Esta fonte está reservada a todas as Nações … para aliviar os doentes. Rezarei por ti. Até à próxima.
Sexta-feira, 20 de Janeiro de 1933
Mariette fica na cama todo o dia: dormiu mal. Às 18h 45m acorda, veste-se e sai. Quando aparece a Virgem, Mariette exclama:
"Ó, cá esta ela!"
Depois pergunta:
"Que desejais minha Bela Senhora?"
Sorridente, a Virgem responde:
Gostaria de uma pequena capela.
A Virgem estende as mãos e com a direita abençoa a menina.
Seguem-se três semanas de grande calma. A Virgem interrompe as suas visitas. Mariette, no entanto, permanece fiel: todos os dias às 19 h reza no jardim.
Sábado, 11 de Fevereiro de 1933
De novo Mariette é levada para a estrada. Ajoelha-se duas vezes, molha as mãos na fonte e faz o sinal da cruz. Levanta-se bruscamente, corre para casa e chora. Não compreende o que lhe diz a Virgem:
Venho aliviar o sofrimento.
Não percebe a palavra "aliviar". Mas sabe que é qualquer coisa de bom, uma vez que a Virgem sorriu.
Quarta-feira, 15 de Fevereiro de 1933
Mariette transmite à Virgem a pergunta do Padre Jamin:
"Santíssima Virgem, o Sr. Padre disse-me para lhe pedir um sinal."
A Virgem responde:
Acreditai em mim, eu acreditarei em vós.
Aqui, a Virgem confia um segredo a Mariette. A menina fica muito abalada e chora. Conta apenas que nossa Senhora lhe disse:
Rezai muito. Até à próxima.
Segunda-feira, 20 de Fevereiro de 1933
Mariette está de novo de joelhos na neve, enfrentando o frio. De repente, reza mais alto e mais depressa. Deixa o jardim, ajoelha-se duas vezes na estrada, depois junto à fonte onde reza e chora "porque Maria vai-se embora muito depressa". A Virgem sorridente como é hábito, diz-lhe:
Minha querida filha, reza muito.
Depois, deixa de sorrir e acrescenta antes de partir, e com uma voz mais grave:
Até à próxima.
Quinta-feira, 2 de Março de 1933
Mariette espera dez dias antes de voltar a ver a Virgem pela última vez. Neste dia, chove torrencialmente desde as 15 horas. Mariette sai às 19h. Está a rezar o terceiro terço quando pára subitamente de chover. Cala-se, estende os braços, levanta-se, dá um passo e ajoelha-se. Em casa, depois de muitas lágrimas porque a Virgem não irá mais aparecer, Mariette confia a mensagem que Maria lhe deu:
Sou a Mãe do Salvador, Mãe de Deus. Rezai muito.
Antes de a deixar, a Virgem impôs-lhe as mãos, dizendo:
Adeus.

Reconhecimento pela Igreja
As aparições de Banneux foram reconhecidas em 22 de Agosto de 1949, pelo bispo de Liège, D. Kerkhofs: "Acreditamos com plena consciência, poder e dever reconhecer sem reserva (...) a realidade das oito aparições da Santíssima Virgem a Mariette Beco."

Oração à Virgem dos Pobres:

Santa Virgem dos Pobres, conduzi-nos a Jesus, Fonte da graça,
Santa Virgem dos Pobres, salvai as Nações,
Santa Virgem dos Pobres, aliviai os doentes,
Santa Virgem dos Pobres, aliviai o sofrimento,
Santa Virgem dos Pobres, rezai por nós,
Santa Virgem dos Pobres, nós cremos em Vós
Santa Virgem dos Pobres, acreditai em nós,
Santa Virgem dos Pobres, nós rezaremos muito,
Santa Virgem dos Pobres, abençoai-nos
Santa Virgem dos Pobres, Mãe do Salvador, Mãe de Deus, obrigado.